Confessando os nossos pecados
“Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estilo. Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade, não mais ocultei. Disse: ‘confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniquidade do meu pecado.’” (Salmo 32:3-5)
Todos nós cometemos pecados quase diariamente, porém parece que alguns não percebem seus próprios erros e continuam seguindo a vida como se nada tivesse acontecido.
Com este Salmo, aprendemos que ocultar pecados, ou seja, não confessá-los, traz consequências muito ruins para a nossa vida, comprometendo a nossa comunhão com o nosso Pai Celeste.
Jesus morreu na cruz para perdoar os nossos pecados. Contudo, continuamos pecando no nosso dia a dia, e existe um perigo espiritual quando pecamos e não damos a devida atenção: agindo dessa maneira, pouco a pouco, cauterizamos a nossa consciência.
Quando isso ocorre, podemos pecar sem perceber mais; agir mal com as pessoas, mentir, alimentar maus pensamentos, nos vingar; enfim, podemos fazer mil coisas. Assim, vamos alimentando o sentimento de que não precisamos nos desculpar com as pessoas, nem acertar nada com Deus. Esse é um sintoma de uma “consciência cauterizada”.
A função da nossa consciência é indicar quando erramos, fazendo-nos sentir mal quando pecamos. Esse desconforto interior é o apelo da consciência, indicando que devemos agir conforme a situação, seja se desculpando ou confessando para o nosso Pai Celeste o pecado que cometemos.
Um dos inimigos responsáveis por dificultar as coisas e confessarmos nossos atos é o orgulho, que é um sentimento que impede o nosso crescimento espiritual. Com ele, temos a impressão de estarmos sempre certos, e alimentamos um sentimento de que somos “superiores” aos demais.
Muitas pessoas acreditam que, se fizerem orações longas e bonitas (tipo as orações que os fariseus faziam no tempo de Jesus aqui na Terra), estarão resolvendo seu problema. Há aqueles que pensam que, se derem uma oferta bem generosa na igreja, tudo ficará resolvido. E ainda os que são mal orientados por um líder que pouco entende sobre a Bíblia, mas dá conselhos como um “grande sábio”.
Mas, afinal, o que devo fazer com os pecados que são frequentes na minha vida?
A resposta é simples. Está no Salmo descrito acima e também no ensino do apóstolo João:
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1 João 1:9)
Não há nada que você possa inventar! Esta é a solução: confessar os pecados ao Pai Celeste, para ser perdoado e purificado.
Até que consiga não mais pecar, essa é a forma de manter a sua vida espiritual saudável e a sua comunhão com Deus tranquila.
Mas, e se eu pecar várias vezes ao dia?
Nesse caso, você vai confessar várias vezes ao dia.
E se eu repetir o mesmo pecado?
Então, você vai confessar o mesmo pecado várias vezes ao dia.
Se desejamos avançar na nossa comunhão com Deus, precisamos estar com a consciência sempre limpa e transparente.
Inclusive, o apóstolo Paulo cuidava muito bem da sua consciência. Vamos ler, a seguir, o que ele diz: “Por isso, também me esforço por ter sempre a consciência pura diante de Deus e dos homens.” (Atos 24:16)
Sei que este ensinamento, de confessar os pecados e acertar as desavenças com os irmãos e os familiares, não é tão fácil na prática. Pelo menos, a primeira parte (de confessar para Deus) pode ser a mais tranquila, porque é entre você e Deus; é uma oração suave, que pode ser feita de forma silenciosa e a qualquer momento ou lugar, ninguém precisa saber; é um momento íntimo com Deus. Entretanto, acertar questões pessoais é complicado. Contudo, você pode pedir (em oração) ajuda para Deus. Ele nos dará auxílio sempre que precisarmos, isto é, podemos conversar com o nosso Pai Celeste sobre quaisquer assuntos relacionados à nossa vida.